Cegueira Espiritual
- IPRO
- 14 de ago. de 2021
- 2 min de leitura


por: João Godoy
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Texto: Marcos 8:22-25
Muitos de nós conheceram Jesus, tiveram uma experiência verdadeira com ele, porém no decorrer dos dias, se deparam com circunstâncias difíceis, onde percebem que ainda precisam amadurecer e serem tratados na sua forma de lidar com Deus, consigo mesmo e com o mundo.
Assim como o cego de Betsaida teve sua experiência singular de cura dividida em etapas, assim precisamos continuamente permitir que Jesus abra nossos olhos para que vendo, possamos, de fato, enxergar o mundo ao nosso redor com as lentes do Altíssimo.
A bíblia relata no oitavo capítulo de Marcos, uma sucessão de fatos interessante, envolvendo os discípulos e em como Jesus queria abrir também os olhos de seus corações. Eles haviam acabado de presenciar a segunda multiplicação de pães, agora não somente entre os judeus, mas também envolvendo os gentios.
Nisto, Cristo queria despertá-los para a graça imparcial de Deus. Graça que alcança o pecador, sendo este judeu ou não. Os discípulos não conseguiam enxergar os gentios como seus irmãos em potencial ou como pessoas feitas à imagem de Deus que também careciam do Pão da vida.
Muitos de nós, também, enfrentamos o dilema do orgulho e nos julgamos melhores pelo que fazemos, por nossas boas obras, porém, nos esquecemos de que não são elas que nos salvam, mas a graça misericordiosa de Deus, revelada em Cristo Jesus.
Os discípulos estavam cegos para a compaixão, o que não anulava sua experiência com Cristo até então, pois o homem de Betsaida também tivera um primeiro toque de Jesus, mas ainda não conseguia ver as pessoas como elas eram de fato. O cego, a princípio, as via como árvores que andam, destituindo-as de beleza e os discípulos as viam como fardo, como indignas da mensagem, mas Jesus as via, como alvos do amor grandiosos de Deus e como membros da família celeste que o Pai estava prestes a formar através de Sua entrega.
Talvez um passo importante para nossa cura seja parar de olharmos tanto para nós mesmos e enxergarmos quem está ao nosso lado.
Reconhecermos que ainda não fomos totalmente sarados e recorrer ao médico dos médicos a fim de sermos tratados em nosso caráter. Devemos clamar por mais lágrimas, por verdadeira contrição pelos perdidos. Que o nosso desejo seja de ter um olhar restaurado, não importa quantas vezes Jesus tenha que nos tocar.
Que o olhar gerado em nós seja de íntima compaixão para com os perdidos, sabendo que Cristo é o único que pode salvar, transformar e fazer infinitamente mais do que pedimos ou pensamos. É ele que pode satisfazer a alma dos que tem fome, mais ainda do que sete cestos cheios de pão.
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