- 7 de jul. de 2021
- 2 min de leitura


por: João Godoy
IPRO | Mídias Sociais
Texto: 2 Samuel 9: 1- 13
Muitos de nós temos marcas e cicatrizes em nosso corpo que nos lembram de um
determinado período da vida. Talvez a fase da infância, quando éramos crianças e tudo que
sabíamos fazer era jogar bola e nos divertir. Talvez um momento de dor, onde fomos
submetidos, contra nossa vontade, a passar por processos cirúrgicos complicados. Ou até
mesmo do período memorável da gestação e do dia em que uma mãe pôde dar à luz ao seu
ansiado filho.
Seja qual for a marca física que você tenha, ela narra uma história, boa ou ruim, algo a se
lembrar ou a se esquecer. E não foi diferente na vida de Mefibosete, filho de Jonatas e neto de Saul.
Mefibosete, filho do príncipe e neto do rei de Israel nasceu e cresceu num berço destinado a
grandeza e poder. Porém, no momento em que eles morreram, tudo que lhe sobrou foi dor e
perda. Movida pelo medo, de que a vida do garoto corresse perigo, a ama de Mefibosete,
fugiu com ele impulsivamente, deixando-o cair e permitindo que a dor da alma de perder sua família, marcasse também o seu corpo, tornando-o paraplégico. Mefibosete cresceu então afastado e escondido em Lo-debar, vivendo de maneira a margem da sociedade e temendo pela própria vida.
Quantos de nós também, não podemos dizer que sofremos por erros que não foram
necessariamente nossos? Talvez uma tragédia em sua casa tenha acontecido quando ainda
novo e isto marcou seu coração, ou pode ser que você seja o responsável por seu próprio
sofrimento, sentindo-se culpado pelo pecado que pesa sobre você, de forma que se sinta
também desprezível e rejeitado.
Porém, assim como Mefibosete não foi deixado à própria sorte, Deus também, não nos
esqueceu.
A bíblia narra em 2 Samuel, capítulo 9 que certo dia, Davi lembrou-se da aliança que fizera com
seu estimado amigo, Jonatas e procurou se havia alguém de sua linhagem que ainda pudesse
ser beneficiado. Foi então, que encontrando Mefibosete, Davi teve a chance de trazê-lo para
perto, dar-lhe a herança de seus pais e fazê-lo se assentar junto a mesa real, como um filho do próprio rei. Davi olhou para Mefibosete, que em si mesmo, não tinha crédito algum, mas foi beneficiado, pelo amizade e entrega de seu pai para com o rei.
Da mesma forma, Deus fez conosco. Ele olhou para nós, e não nos atribuiu a culpa do nosso
pecado, antes a lançou sobre Cristo, que tendo sido fiel até a morte, e morte de cruz,
conquistou nosso favor e graça. Hoje, por sua obediência, temos paz com Deus, podemos nos
assentar a mesa do Rei dos reis, do senhor dos senhores e sermos, verdadeiramente,
chamados de filhos do Altíssimo, encontrarmos Nele morada.
E, se um dia, fomos feridos, podemos lembrar que Jesus também foi, e por causa das suas
feridas, podemos ser sarados. Ele é o remédio da nossa existência e nos cura do vírus do
pecado, de forma que somos plenamente perdoados.
Porém, ele não apaga a cicatriz, ela está lá, para nos lembrar, não da culpa que um dia pairou sobre nós, mas do perdão que foi derramado dos céus. De forma que as marcas que um dia trouxeram memórias de dor, podem agora nos lembrar do nosso vivo Salvador!